No ano de 1982, a Assembleia Geral da ONU – Organização das Nações
Unidas, criou um programa que visa atender as necessidades das pessoas com
qualquer tipo de deficiência física, o Programa de Ação Mundial para Pessoas
com Deficiência.
Dez anos depois, no dia 14 de outubro, a Assembleia instituiu o dia 03
de dezembro como o dia internacional do deficiente físico, para que pudessem
conscientizar, comprometer e fazer com que programas de ação conseguissem
modificar as circunstâncias de vida dos deficientes em todo o mundo.
Podemos considerar como deficiência física, quando alguma parte do
organismo humano não apresenta um funcionamento perfeito, porém isso não pode
ser considerado como diferença, pois existem várias pessoas com os mesmos tipos
de limitações que as tornam normais dentro de suas possibilidades.
Com o passar dos anos, a deficiência passou a ser vista como uma
necessidade especial, pois as pessoas precisam de tratamentos diferenciados e
especiais para viver com dignidade. Sabemos que isso não acontece, pois o mundo
não é adaptado para essas pessoas, que sofrem muito em seu dia a dia.
Construir rampinhas nas ruas é uma forma de mascarar o verdadeiro
tratamento que os mesmos deveriam receber. Além destas, em nosso meio social
deveria existir leitura em braile para atender os deficientes visuais; acesso
aos ônibus e lugares públicos aos cadeirantes; que a população aprendesse a
conversar na linguagem de libras, para atender os surdos/mudos; além de planos
governamentais voltados para a saúde e reabilitação dessas pessoas, visando
amenizar suas dificuldades bem como capacitá-las para a vida social, para o
exercício da cidadania.
As escolas deveriam ter profissionais preparados para lidar com as
limitações, assumindo maior compromisso com a formação dos professores,
coordenadores e diretores, que muitas vezes não sabem como lidar com as
necessidades especiais. É dever da escola promover conhecimento a fim de
garantir o aprendizado de uma profissão, dando-lhes garantia e dignidade para o
futuro.
Não adianta afirmar que a sociedade não está preparada. Passou da hora
de arregaçarmos as mangas e tratar os portadores de necessidades especiais como
pessoas normais, pois são normais embora tenham algumas limitações. Todas as
pessoas são diferentes, assim como a cor dos olhos, dos cabelos, a raça, enfim,
existem aquelas que apresentam as diferenças físicas, mas que são pessoas como
outra qualquer.
Tratá-las com indiferença ou com desrespeito são formas de preconceito,
previsto na Constituição do Brasil, assim como é direito desses estar incluídos
na sociedade, pois são produtivos e capazes.
Podemos nos certificar das capacidades dos portadores de necessidades
especiais nos jogos paraolímpicos, onde os mesmos atingem recordes e conquistam
várias medalhas. Participam de várias modalidades esportivas, como atletismo,
futebol, natação, basquete, dentre outras.
A sociedade já mudou muito nos últimos anos em relação às necessidades
especiais, mas ainda temos muito que melhorar. Hoje em dia podemos ver essas
pessoas trabalhando em empresas, como supermercados, lanchonetes, restaurantes,
farmácias, escolas, pois a lei obriga que um percentual dos funcionários sejam
portadores de necessidades especiais, como forma de garantir-lhes oportunidades
no mercado de trabalho.
Dessa forma têm assegurado a integração social além de conviverem com
valores de igualdade de oportunidades. Mas será que isso realmente acontece?
Pensem nisso!
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
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