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sexta-feira, 27 de maio de 2011

Tentando se esconder



Todo mundo já passou por uma situação em que não queria ser reconhecido, ou ser visto por algum conhecido. Pode ser em uma situação boba, como chegar atrasado na aula, ou em uma complicada, saindo de um motel com uma amante.
Mas e para o cadeirante, como passar desapercebido? Eu não tenho (mais) feito coisa errada, mas já passei algumas situações em que pensei nisso. Logo quando voltei do hospital fiquei meio pra baixo (deprê) e não me sentia confortável em estar em locais públicos e a primeira vez que sai de casa na cadeira de rodas foi super difícil pra mim, a vizinhança ficava toda de olho, apontavam, cochichavam e eu sentia até um certo preconceito da parte de alguns e tudo isso era super constrangedor pra mim (uma vez que ainda não me aceitava mediante a minha nova condição e me sentia envergonhado.................isso dá um outro texto) , voltando a esse, numa dessas fui pra o Centro de Fisioterapia, era meu primeiro dia lá e também a primeira vez que saia de casa (uma semana depois de voltar do hospital) e logo ao chegar vi ainda de dentro do carro uma amiga da minha mãe que não via à anos ( daquelas super abelhudas que perguntam até quantos pontos você levou na cirurgia), pois bem , ela me pegou e ficou mais de meia hora me interrogando perguntando coisas super desagradáveis e tive que encarar né, fazer o que?
Outra vez eu estava no prédio da Previdência Social bem sentadinho lá na minha cadeira prestes a sair daquele local e quando me dirigia pra saída avistei um parente bem distante, ele era casado com a falecida irmã do pai da minha mãe, (eu disse que era distante). Pois bem, um senhor já de idade, mas que adora uma conversa, lembro que ás vezes ele ia pela manhã tomar um cafezinho lá na casa de vó e acabava saindo só depois do jantar, eu olhei pra um lado, olhei pra o outro mais não tive como evitar, e mais uma vez tive que encarar, fazer o que?

Mas então, qual a solução?

 A forma mais simples que encontrei até hoje de me "esconder" foi procurar uma rodinha, ou uma fila de pessoas, e entrar atrás. Qualquer muvuca de pessoas de pé pode servir de barreira, mas se a cadeira for vermelha como a minha, ainda assim podem te encontrar por lá. O negócio é fingir que não viu, olhar pra baixo e sair de fininho. Mas esse é outro problema, como sair de fininho em um cadeira de rodas?’
((•)) Ouça esse post

4 comentários:

  1. Realmente Well, mais é melhor seguir em frente com a cabeça erguida, não importa o que os outro comente, o importante é você se sentir bem (essencial. Claro que nunca vai deixar de existir pessoas abelhudas mas com um jeitinho tudo é possivel!

    Nyehll Felipe

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  2. Por isso que sinto maior orgulho desse meu primo, eu sabia que vc ñ iria nos decepcionar, é um verdadeiro guerreiro, e tá mostrando a todos que é capaz de superar não só esse obstáculo, como qualquer um que vir a surgir. Continue assim e do seu lado estarei sempre tá?

    Bjus, próxima postagem estarei aqui para comentar? rsrsr

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  3. Lhe conheço muito bem. Sei desse seu interior. Cada ato, teu jeito, alias são 11 anosssssssss de amizade. Puxa, meu amigo como a cada dia mais constato sua força e sua luta. Hj tenho certeza que nessa batalha vc está saindo com um grande vencedor. A recompensa está proxima e todos verão sua capacidade de soerguimento.

    Te amo!

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  4. Adoro seus textos, como já falei, leio imaginando vc contando com seu bom humor de sempre... levando com bom humor as situações inesperadas do seu dia a dia !!! xerooooo

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