Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

terça-feira, 14 de junho de 2011

Uma história de ódio e amor.




Ver um cadeirante na rua, no shopping, no teatro, em festas ou em restaurante, era pra ser uma coisa completamente normal, mas apesar de tudo muita gente ainda olha torto. Eu não dou a mínima pra esse tipo de gente, mas percebi uma coisa que até eu acho esquisito: as sondas com sacos coletores de urina (falo por experiência própria).

Muita gente desconhece, mas muitos de nós (lesados medulares) precisamos usar uma sonda conectada a esses sacos coletores, uma vez que não temos o controle da bexiga, o que ocasiona a perda involuntária de urina, é super chato andar (ou melhor rodar) por aí com um troço desses ligado ao nosso corpo, outro detalhe é o fato de que esta tem que ser trocada quinzenalmente, achava  malacafento, já cheguei até a odiar, via como uma grande inimiga; mas sabe aquele ditado que diz que a gente só dá valor a uma coisa quando a perde, pois bem.

Nessa última sexta-feira depois de conversar com o Flávio (meu enfermeiro) que veio aqui em casa fazer a substituição da minha sonda, manifestei o desejo de me ver livre dela, mas como já expliquei, ainda não tenho o controle da bexiga, mesmo assim ele me propôs que eu passasse o final de semana sem a sonda, usando algo mais discreto que os sacos coletores; as fraldas geriátricas. Eu topei na hora!!! Achei que seria um máximo me ver livre daquele troço, mas na real a coisa não foi bem assim. Logo que foi removida a sonda minha mãe me colocou a primeira fralda, me senti um bebezinho, e aí o enfermeiro se foi e ficou tubo bem. Certo? Errado!

Minutos depois a fralda já estava pesadinha, e lá vem minha mãe trocar o fraldão do bebezão, uma hora depois, nova troca de fralda, mais um tempinho passou e opa, troca novamente. Á noite fui dormir sequinho e me acordei quase nadando, foi um desconforto total, sem falar nas assaduras que adquiri em decorrência do tempo que passei molhado (tive até que passar talquinho. Obs: isso não tem graça).

Resumindo: lembra da sonda com saquinho coletor que citei no inicio do texto?

Eu a amo, descobri que não posso mais viver sem ela. Agora a vejo como uma amiga inseparável, que cuida de mim e me ajuda inclusive a me manter sequinho.

É fato que é meio desconfortável usar essas coisas e que também chama um pouco atenção, mas pra terminar deixo aquele velho ditado:

É RUIN COM ELA, MAS É PIOR SEM ELA!!!


((•)) Ouça esse post

3 comentários:

  1. só vc amigo pra mim fazer rir com tanta coisa acontecendo nessa hora . kkkkkkkkkkkkk vc é d+ .

    ResponderExcluir
  2. Vc é um herói, aff fico impressionada, feliz e admirada com a capacidade que vc tem de tornar os fatos alegres e divertidos. Que bom que vc tem uma força interior grandiosa, que faz de vc um ser humano incrível. Adoro vc!

    ResponderExcluir
  3. vc é um ícone para mim... modelo de força e coragem! Por isso o amo, hj mt mais meu amigo!
    Essa fase ruim tá passando! Vai passar, essa adaptação tá lenta, mas vai passar. Só oro a Deus tds as noites e ver vc sorrindo, ou até fazendo graça me conforta.
    Te amo!

    ResponderExcluir

▲ Topo