Diário de Bordo de um Cadeirante.

Olá amigos e seguidores do blog, é muito bom estar de volta pra casa e como prometido hoje estou aqui pra contar como foi essa minha aventura rumo ao Sarah Kubitschek e sem mais demoras vamos ao que interessa.

Na última quinta-feira dia 21 de outubro ás 11:00 da manhã, saí de casa rumo ao Aeroporto Internacional Presidente Castro Pinto - PB - para embarcar nessa viagem. Fui acompanhado pelo meu amigo Sérgio, porém nosso amigo Patrick, minha mãe e minha irmã fizeram questão de nos levar ao aeroporto.

Meu vôo estava marcado pra sair ás 14:30 fazendo conexão no Rio de Janeiro. Cheguei ao aeroporto uma hora antes do horário do previsto, para poder realizar todos os procedimentos sem correria, daí fui fazer o check in, assim que terminei me despedi do pessoal e me dirigi junto com o Sérgio pra o salão de embarque  onde passamos pelo detector de metais e onde a nossa bagagem de mão passou pelo aparelho de raio-X, depois ficamos a esperar ainda por alguns minutos até abrir o portão de embarque, quando finalmente um funcionário da TAM anunciou que os passageiros do nosso vôo deveriam formar uma fila no portão de embarque dando prioridade ás pessoas com deficiência, gestantes, idosos e mulheres com criança de colo.

Fiquei a me questionar como faria pra subir aquela escadaria e entrar no avião sentado numa cadeira de rodas e quanto mais perto da hora do embarque, maior a ansiedade e o nervosismo. Não é para menos. O mundo dos aeroportos ainda é desconhecido e cheio de e complexidades para um cadeirante de primeira viagem.  Porém com a ajuda de alguns “apetrechos” da TAM acabou dando tudo certo e é claro que eu trouxe tudo documentado pra mostrar a vocês.

Em João Pessoa, antes de embarcar, fiz uma transferência da minha cadeira pra essa outra aí à direita na foto acima, toda aeronave é equipada com um cadeira de rodas especial (chamada de Aisle Wheelchair) projetada para passar nos corredores apertados entre os assentos. Esta Aisle Wheelchair é mantida desmontada em um compartimento separado para o uso durante os vôos longos, pois o cadeirante pode fazer uso desta para o caso de necessitar ir ao banheiro. Após o embarque, funcionários movem o cadeirante da aisle wheelchair para o assento da aeronave. Pra subir as escadarias até a porta da aeronave eu fiquei sentado na aisle wheelchair e fiu carregado por dois comissários de bordo até dentro do avião, conforme  pode ser visto nesse curto vídeo abaixo. 

No Rio de Janeiro o aeroporto dispõe de “Ambulift”, que é um veículo acessível com elevador que se apoia à porta da aeronave e permite a transferência do passageiro, conforme podem ser observado na foto e também no vídeo aqui abaixo.

Já no aeroporto de Fortaleza fiz uso dos Fingers - "passarelas" que se “aclopam” da  porta do avião direto ao interior do aeroporto, assim o cadeirante pode se locomover por meios próprios (ou com auxilio de funcionários), indo até a porta da aeronave quando então é transferido da Aisle Wheelchair para sua própria cadeira.

Voltando á conversa da viagem e já deixando de falar dos aeroportos, vou me voltar para o interior da aeronave, vale salientar que fui na classe executiva, a qual possui poltronas espaçosas e super confortáveis, conforme pode ser observado na foto abaixo.

O Sérgio permaneceu no acento ao meu lado e sempre me ajudava quando necessário. 

E pra desfrutar ainda mais da viagem aproveitei pra curtir a vista belíssima que se tinha da janela do avião.

Não posso deixar de falar sobre o excelente serviço de bordo da TAM, que ao menos na classe executiva - não sei se também nas outras - serviu deliciosos aperitivos... 

...e ainda nos presenteou com travesseiros e fones de ouvido que conectados ao painel da poltrona davam acesso à programação de áudio e vídeo da companhia aérea. Vídeos como esse aqui abaixo, orientando sobre questões de segurança, eram apresentados durante o vôo.

 Chegando em Fortaleza fomos direto para o hotel, onde passamos a noite e na manhã seguinte partimos rumo ao Sarah Kubitschek.

O Sarah-Fortaleza é realmente muito bonito, sua estrutura dispensa comentários e as pessoas que lá trabalham são super atenciosos, lhe tratam com o maior respeito, carinho e atenção. Logo na guarita da entrada fui recebido com um caloroso desejo de boas vindas do segurança. Por aí você já deduz como fui bem acolhido!

Passei o restante do dia sendo examinado e no final  da tarde, parti, com a promessa de voltar em breve pra receber os resultados dos exames e realizar tratamentos futuros.

Na volta pra casa fiz um pit stop no Rio de Janeiro, como o vôo ainda ia demorar pra decolar sobrou tempo pra fazer um lanchinho...

... aproveitei também pra testar os telefones acessíveis do aeroporto e ligar - à cobrar -  pra minha mãe – de fixo é mais barato. 

Conheci algumas pessoas maravilhosas às quais destaco a Rayssa, essa bela garotinha centralizada na foto abaixo.

Não vou mais me estender nas palavras pra não deixar o texto cansativo, no que mais só tenho a dizer que a viagem foi maravilhosa e supriu todas as minhas expectativas em relação ao  Sarah. 

Muito obrigado a todos que torceram por mim e me 

desejaram uma boa viagem...

...realmente, foi ótima. 

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